Unindo a haste perfeita

me sinto famigerado ao extremo

como se estivesse no paraíso

fugindo de meus problemas

tento curtir melhores acalantos

e nunca me perder dos guizos

pois eles me fazem recordar

que cada serpente é um antro

de perdição a ser esquecido

nos semblantes mais larvais

encontro a origem dos meus nervos

explícitos e navais

eles empurram as embarcações

e deixam as âncoras para trás

nos barcos há uma proa que separa

toda discórdia que se arrasta

e deixa os marujos indefiníveis

acompanhados de restos

que querem ser reconhecidos

e não cria máquinas

que se alojam nas arestas do desperdício

mesmo nos momentos de calibrar compromisso

eu respiro com tamanho alivio

nenhuma praga pode açoitar pêlos

que se soltam dos signos animalescos

pois eles têm a garra de decifrar o futuro

e não são como fantasias de carrascos

a ignorar a formula e o soro

que podem curar o mal

toda presa culpa o predador por sua fraqueza

mas não é de se espantar que no mundo

ainda existam troféus de beleza

no paraíso volto a dizer

me sinto como quem foge dos resíduos

que tornam perecíveis as virtudes

sou um rapaz assíduo

mas nunca cavo o fundo do poço

com os mesmos tratores

nem mesmo escravizo personagens e atores

que sejam eles reais, fictícios

ou semelhança entre meus humores

prefiro rir ao gozar de meus atrevidos horrores